mal do século

tenho muito a fazer pouco respiro pouco descanso a minha mente não consegue parar não consegue me dar trégua e eu só quero um minuto de nada um respiro um ar que entre e que liberte as saídas de dentro e não acontece nada o pulmão está sempre fechado e em chamas o tronco enverga e os braços tentam acodem o peito numa tentativa falida desesperada e a mente é lembrada que não para não é possível parar ela continua a querer ouvir todos os sons do mundo ao mesmo tempo e todas as milhões bilhões trilhões de vozes sem nenhuma pausa nenhuma virgula não há parada eu só preciso respirar um minuto preciso de um minuto de nada e ele não vem não vem não vem