cinema experimental e tal...


camera filmadora png
como prometido (se eu prometi alguma outra coisa aqui, não lembro rs) aqui estão os resultados de pura experimentação da disciplina de cinema documental que fiz esse semestre. favor, não xingar meus trabalhos, inexperiência faz parte dos processos da vida. ♡

garotas que choram

arte por @sseongryu
Havia uma senhora de cabelo castanho alto e curto, com uma silhueta de estatura baixa. Se também haviam outras como ela no ponto de ônibus não as vi, mas aquela de pés ligeiros lembrava Dona Léia, minha avó. Ela subiu os degraus do ônibus com dificuldade. Vi o carro deixando a rua. Momentos depois, não saberia precisar, a vi novamente correr apressada atrás de um outro que já alertava querer seguir. Será que antes pegou o errado? Para onde ia? Uma menina, atrás dela, apoiava a mão nas costas da mais velha. “Esses ônibus não passam mais no Indianópolis?” ouvi a senhora perguntar para o motorista.

pensamentos de varanda

by Matteo Pericoli

numa manhã de feriado, um passarinho entrou pela porta da varanda e pousou na ponta do sofá da sala. o presságio de um ser em desespero pra encontrar uma saída daquele mundo estranho, o qual estaria a desbravar, me motivou a espantar o coitado no segundo seguinte à sua chegada. sou uma ótima anfitriã, como podem imaginar.

wake me up when september ends

quebrando minha própria regra de escrever títulos em inglês venho por meio dele dizer que, apesar do que sugere, o mês de setembro foi muito bom pra mim. considerando que passei a maior parte do tempo dele lendo, já que estava na pausa da faculdade. teoricamente, faz sentido, se você concordar comigo que estar lendo significa estar vivendo outras vidas, outros lugares, outros sonhos, etc. então, sim, me acorde quando setembro acabar, pois estou muito bem lendo meus livrinhos aqui, obrigada, tenha um bom dia. 

é tempo de formigas #3: o retorno


acho que por algum motivo as formigas sabem que ando precisando de companhia. elas ouvem meus monólogos solitários em voz alta (e porquê não entusiasmados?) sobre literalmente qualquer coisa, e pensam, "hummm, é isso aí galera. vamo dar uma forcinha pra humana.

1° dia de terapia, Ian Curtis e um final feliz


é contraditório que o título carregue "Ian Curtis" e "final feliz" na mesma frase, mas dosando um pouco os sentidos, significa que esse texto é um pouco sobre cada coisa. juro que a minha intenção vai ter lógica no final. inclusive pra entender o motivo dessas duas sentenças não combinarem. 

bio

agora sou abismo. vazia, profunda, delirante. 

agora sou paciente. mentirosa, transparente, estampo medo nas retinas. 

agora sou escritora. me preocupo com cada palavra que digito. a ordem, as repetições, a intensidade. um final, um meio, um começo. 

agora sou gaiata. brindo felicidade, risada é alimento, movimento. 

agora sou peso. jogo sonhos pela janela, despenco do parapeito dela, não há um fundo. 

me perco em minhas personagens. não sei quem sou. talvez todas elas. acredito: nenhuma é igual. encaro as moléculas flutuantes de cada e não me vejo nelas. são minhas? quem sou? quem deveria ser? se existir for carregar essa mala pesada com formas de ser, não quero. arrastar uma bagagem que destrói cerâmicas de realidade com seu peso de mentira é ridículo. 

qual será a próxima persona que irei tomar como minha? quem é a verdadeira eu? existe uma verdadeira? de qual eu gosto mais? qual as pessoas veem? 

às vezes estou bem e escrevo. se passam dias e volto ao meu estado esquisito de espírito que rasteja pela terra arranhando os joelhos e já não assumo o sentimento feliz pelo qual dediquei palavras. devo joga-las fora? não as reconheço. não foi eu quem disse. foram elas. elas me sufocam. elas me sufocam.

ás vezes estou mal e escrevo. se passam dias e volto ao meu estado esquecido de vida. as palavras não parecem vir de mim, afinal estou completamente vazia. de onde elas vêm?  

temo o que sentará à minha frente. me encarar, ouvir meus porquês idiotas. tenho medo do que direi, será que vou inventar? mentir? não é o meu propósito, mas ás palavras me fogem e não sei me explicar.

prazer.

coisas, coisas, coisas


comecei a escrever esse texto há um bom tempo. digitei sobre coisas que aconteceram a meses e outras que aconteceram a alguns dias. não era a minha intenção, já que não costumo perdurar demais. tendo a desistir de expor. vou cortando até não sobrar nada. é irrelevante, não vale a pena ser dito. muito provável pela falta de confiança no que digo. tenho medo do que pareço enquanto falo, como se certas palavras não fossem condizentes com o Eu que conheço. 

mais uma clássica batalha olímpica: eu x eu mesma


esse post é pura autodepreciação, não leia se isso te traz desconforto. 

é sério, não vale a pena. 

discos, adolescência e portas se abrindo


a minha história com a música começou muito antes de eu nascer... brincadeira. porém, mesmo você não querendo saber, te digo que a minha mãe adora relembrar das noites as quais colocava Shania Twain pra tocar, e me balançava no colo até muito tarde. parecia que eu na minha pouca idade já ansiava por esse momento e não pregava os olhos até que acabasse. algumas coisas não mudam mesmo.

saindo da toca


decidi que eu mesma iria comprar papel. se eu tivesse só escolhido colocar no carrinho do site-de-nome-tal e pagado o boleto de cobrança, também teria atingido o objetivo. no entanto, depois de um ano e meio de pandemia, vi surgir essa oportunidade, já que há mais de uma semana meus pais foram vacinados com dose única (insira fogos de artifício aqui e um forabolsanaro). senti um pouco mais de segurança de ir até o centro da cidade.

5 de julho em 4 atos

hoje de manhã ouvi uma música que não ouvia há muito tempo. . acabei revivendo o álbum inteiro. senti nostalgia imediata, pois tive oportunidade de ver a bandavoou ao vivo, lá em 2015, com a minha melhor amiga daquela época (e paixão secreta pro mundo hoje, pra ela não, pois ela sabe). aí me apaixonei de novo. pela música e pela lembrança. 

nicole em 4 por 4

Gabes fez a starter pack dela e aí eu roubei a ideia, como é possível ver. Acabei me empolgando e coloquei coisas demais em algo que era pra iniciantes e acabou sendo uma versão PRO avançada. Tá, nem tanto. Depois de várias semanas pensando com meus botões sobre o que colocaria aqui nessa tag, finalmente cheguei num consenso (mentira, não aguentava mais olhar pra esse rascunho). 
Quando vi que fui indicada pela Xis pra fazer a tag 4x4 (que foi criada pela Vanessa) já fui sabendo que seria muito difícil responder. Difícil, pois tenho dificuldade de me definir em gostos, visto que gosto de várias coisas aleatórias. E é isto, não vou explicar nada, só deixarei no ar. Favor, não me xingar nos comentários. Inclusive se forem ver alguma coisa vejam a classificação de idade antes. :D

Essa tag pode ser respondida só com imagens ou com texto também. Na área de filmes é válido colocar séries e reality shows, enquanto na de livros, inclui quadrinhos e mangás. No final, lembrar de indicar alguém. 

P.s.: Não falar mal dos meus png's mal cortados, isto aqui é arte!!!!!!!!


4 filmes pra me conhecer


4 livros pra me conhecer


4 memes pra me conhecer
 



peças de roupas pra me conhecer






Indico: Snow, Maria, BiaMasha, KamillaKaryne, se quiserem fazer. Sim, várias pessoas. :)

é tempo de formigas #2: a saga

 
não sei como e nem o porquê, mas as formigas decidiram por unanimidade se alojarem no meu quarto. a primeira vez aconteceu à algumas semanas atrás, não foram muitas delas. passearam pela minha cama e demonstraram certo interesse pelos livros que ficam em cima da mesa, a qual uso o computador. limpei tudo e não voltaram mais, por uma semana.

junhos de outrora

revivo as histórias na cidade dançante, enquanto incendeia tudo no peito, que nem brasa estralando no fogo. eu sei que é junho. as bandeirinhas coloridas, a cortina incandescente pelas ruas do centro, os balões gigantes enfeitando os postes, as luzes enfim, brilham junto ao céu escuro estrelado. a felicidade mais do que presente, é sentida, compartilhada. os olhos das pessoas brilham mais que os astros do céu, é junho, afinal.

é tempo de formigas


Não sei se estou vivendo ou só matando formigas. Há uma infestação delas, desde que encontramos mais um acampamento, que já foi destruído por sinal. Dentro de um DVD esquecido na estante, dentro do videogame do meu irmão, dentro de um livro embalado que nunca foi aberto. Da última vez, estavam morando dentro de uma cestinha de madeira, o tecido decorativo as escondia. 

se avexe não, amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada


Meu pai ter voltado a morar aqui em casa, a quarentena, aulas online e todo o tédio do mundo se tornaram ingredientes perfeitos pra rotina mais blé que conheço. Tento deixar ela menos chata fazendo coisas ali e acolá, mas nem sempre funciona e fazer o quê, né? Gabi me indicou à Tag Minha Rotina e muito obrigada, tô achando muito divertido fazer tags!!

segredos


cá estamos nós, a sós. mais uma vez. 
a cozinha parece pequena, enquanto te observo. sentada ao seu lado, a mesa parece ainda menor.
seu olhar passeia pelo café e as torradas quentes.

me pergunto se consegue ouvir o que estou pensando. 

descascando batatas & falando


Enquanto descascava batatas, comecei a pensar vários pensamentos e é por isso que o título é assim. 

de ônibus pra Terra do Nunca!


Antes de tudo queria agradecer mais uma vez a todo mundo que me enviou forças nos comentários da última postagem. O meu pai está super bem, só com tosse ainda, mas já está bem mais forte e saudável (ou seja, rindo à toa e tirando sarro da minha cara). Finalmente, o dia agendado do teste de Covid veio e deu negativo. Aparentemente, foi uma gripe comum que pegou ele de jeito. Muito estranho, sinceramente, mas que bom. Vai ficar tudo bem.

Rafael e o rosto-sorriso

 Toyoi Yuuta - tumblr do artista
Quando o vi pela primeira vez, varria uma área perto da garagem. Era um rapaz alto. O boné escondia o cabelo longo e castanho. Lhe entrego um bom dia e ele me devolve com sorrisos de olhos e boca. Todo seu rosto sorria, era tipo um rosto-sorriso. 

e aí transformei lixo num evento (um post que prometo não apagar)


- Sinto cheiro de cigarro e maconha o tempo todo

- Meus cafés nunca ficam bons e só me trazem ansiedade

- Loveless voltou a ser onde moro

Te odeio.

Já faz um tempo que não te via. Não sei porque você cogitaria a possibilidade de eu ter sentido a sua falta. Você me conhece, sabe que não é bem-vinda. 

Journey: choro, areia e obra de arte

Quebrando a minha própria regra de trazer apenas jogos levinhos que dê pra rodar numa cafeteira, trago Journey, um jogo indie desenvolvido pela Thatgamecompany pra PlayStation 3, 4 e PC (Windows). O jogo tava me implorando pra ser comentado, porque além de toda atmosfera misteriosa, Journey te faz refletir, se emocionar e chorar um pouquinho, se você for sensível como eu.

E sim, quebrei a regra, pois pude jogar no videogame do meu irmão - afinal, no meu pc não roda rs. 

Elayne Baeta, abraços em áudio e laranja ultraforte... ultra!


elayne baeta autora do livro o amor não é óbvio
A primeira vez que ouvi a voz da Elayne Baeta, a artista, escritora, poeta, ilustradora, podcaster, baiana e maravilhosa, foi enquanto procurava despretensiosamente um podcast novo. Sou muito ouvinte desse tipo de coisa, pra quem não sabe. Encontrei o Lésbica & Ansiosa, fui lá no primeiro episódio e dei play na Fita 1 - "Acho chique o nome piloto".

Vovó e o mar

Era uma manhã ensolarada. Vovó sorria á toa porque iria a praia. Adorava o mar. Eu acompanhava seu corpo pequeno e ligeiro pela casa antiga de teto de madeira roída pelas traças. "Já colocou o maiô, vó?" Ela ria e ria. Por um breve momento, esqueci que ela não estava mais aqui. "Pegou o dinheiro pro amendoim?". "Peguei vó!". 

Rosa, a vendedora de água mais famosa de Caruaru


- Oi, moça, quer uma água? Uma pipoquinha? Um cafézinho?
- Quero não, brigada.
- Só uma água, moça. Tá geladinha! Pra me ajudar. 
- Tá certo, me dê uma água, então.
- Na hora! 

da vez em que entrevistei pessoas pela primeira vez

Foi pra um trabalho da faculdade que me vi totalmente fora do meu contexto. Com medo, voz baixa e de confiança escondida em algum lugar do bolso da calça. Entrevistei pessoas pela primeira vez. 

é março, novamente, mas chovem borboletas mortas lá fora


Abro a porta e o sol é o mesmo. Caminho no asfalto e a calçada é a mesma. As árvores são as mesmas. O lixo jogado no chão é o mesmo. Os carros poluindo a minha visão são os mesmos. A chuva que molha meu rosto é a mesma. E a Oração de Ave-Maria que toca religiosamente às seis da tarde no aparelho de rádio do meu pai, é a mesma.