Phoebe Bridgers, Punisher (2020) |
repensar as coisas é quase involuntário e se eu pudesse nem me daria o trabalho. é cansativo. como lido, como ajo, como processo, como concluo. é uma grande montanha russa, sinceramente, parar e refletir sobre essas questões que me parecem tão naturais. no que toca a isso, não são tão naturais assim. embora nem sempre dê pra parar, só refletir e nem sempre realmente refletir, apenas pensar à respeito delas, ainda assim é difícil olhar de maneira questionadora pra si.
coisas que ninguém me pediu pra fazer, mas acabo fazendo mesmo assim, involuntariamente, como já disse. sinceramente é um trabalho desgastante, angustiante até.Love Exposure (2008) |
não necessariamente questões existenciais e tampouco de expectativa negativa, me faço perguntas como essas pra me provocar. sempre com medo de perder o calor pela vida, de me interessar pelas coisas, de não sentir vontade de me vulgarizar.
sinto necessidade de sentir que a minha existência fez sentido naquele momento que fiz outra pessoa sorrir. aos poucos também aprendo a não me negligenciar, a não precisar de outras pessoas pra me fazer gente, afinal não sou extensão de ninguém. preciso das conexões, de estar inteira nelas.
cada vez mais confusa, ainda que um pouco mais segura de mim e deixando acontecer como a maioria dos meus processos: sem paciência, caótico, não linear. ✷