é março, novamente, mas chovem borboletas mortas lá fora


Abro a porta e o sol é o mesmo. Caminho no asfalto e a calçada é a mesma. As árvores são as mesmas. O lixo jogado no chão é o mesmo. Os carros poluindo a minha visão são os mesmos. A chuva que molha meu rosto é a mesma. E a Oração de Ave-Maria que toca religiosamente às seis da tarde no aparelho de rádio do meu pai, é a mesma.