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garotas que choram

arte por @sseongryu
Havia uma senhora de cabelo castanho alto e curto, com uma silhueta de estatura baixa. Se também haviam outras como ela no ponto de ônibus não as vi, mas aquela de pés ligeiros lembrava Dona Léia, minha avó. Ela subiu os degraus do ônibus com dificuldade. Vi o carro deixando a rua. Momentos depois, não saberia precisar, a vi novamente correr apressada atrás de um outro que já alertava querer seguir. Será que antes pegou o errado? Para onde ia? Uma menina, atrás dela, apoiava a mão nas costas da mais velha. “Esses ônibus não passam mais no Indianópolis?” ouvi a senhora perguntar para o motorista.

wake me up when september ends

quebrando minha própria regra de escrever títulos em inglês venho por meio dele dizer que, apesar do que sugere, o mês de setembro foi muito bom pra mim. considerando que passei a maior parte do tempo dele lendo, já que estava na pausa da faculdade. teoricamente, faz sentido, se você concordar comigo que estar lendo significa estar vivendo outras vidas, outros lugares, outros sonhos, etc. então, sim, me acorde quando setembro acabar, pois estou muito bem lendo meus livrinhos aqui, obrigada, tenha um bom dia. 

1° dia de terapia, Ian Curtis e um final feliz


é contraditório que o título carregue "Ian Curtis" e "final feliz" na mesma frase, mas dosando um pouco os sentidos, significa que esse texto é um pouco sobre cada coisa. juro que a minha intenção vai ter lógica no final. inclusive pra entender o motivo dessas duas sentenças não combinarem. 

coisas, coisas, coisas


comecei a escrever esse texto há um bom tempo. digitei sobre coisas que aconteceram a meses e outras que aconteceram a alguns dias. não era a minha intenção, já que não costumo perdurar demais. tendo a desistir de expor. vou cortando até não sobrar nada. é irrelevante, não vale a pena ser dito. muito provável pela falta de confiança no que digo. tenho medo do que pareço enquanto falo, como se certas palavras não fossem condizentes com o Eu que conheço. 

discos, adolescência e portas se abrindo


a minha história com a música começou muito antes de eu nascer... brincadeira. porém, mesmo você não querendo saber, te digo que a minha mãe adora relembrar das noites as quais colocava Shania Twain pra tocar, e me balançava no colo até muito tarde. parecia que eu na minha pouca idade já ansiava por esse momento e não pregava os olhos até que acabasse. algumas coisas não mudam mesmo.

saindo da toca


decidi que eu mesma iria comprar papel. se eu tivesse só escolhido colocar no carrinho do site-de-nome-tal e pagado o boleto de cobrança, também teria atingido o objetivo. no entanto, depois de um ano e meio de pandemia, vi surgir essa oportunidade, já que há mais de uma semana meus pais foram vacinados com dose única (insira fogos de artifício aqui e um forabolsanaro). senti um pouco mais de segurança de ir até o centro da cidade.

5 de julho em 4 atos

hoje de manhã ouvi uma música que não ouvia há muito tempo. . acabei revivendo o álbum inteiro. senti nostalgia imediata, pois tive oportunidade de ver a bandavoou ao vivo, lá em 2015, com a minha melhor amiga daquela época (e paixão secreta pro mundo hoje, pra ela não, pois ela sabe). aí me apaixonei de novo. pela música e pela lembrança. 

descascando batatas & falando


Enquanto descascava batatas, comecei a pensar vários pensamentos e é por isso que o título é assim. 

Rafael e o rosto-sorriso

 Toyoi Yuuta - tumblr do artista
Quando o vi pela primeira vez, varria uma área perto da garagem. Era um rapaz alto. O boné escondia o cabelo longo e castanho. Lhe entrego um bom dia e ele me devolve com sorrisos de olhos e boca. Todo seu rosto sorria, era tipo um rosto-sorriso. 

e aí transformei lixo num evento (um post que prometo não apagar)


- Sinto cheiro de cigarro e maconha o tempo todo

- Meus cafés nunca ficam bons e só me trazem ansiedade

- Loveless voltou a ser onde moro

Rosa, a vendedora de água mais famosa de Caruaru


- Oi, moça, quer uma água? Uma pipoquinha? Um cafézinho?
- Quero não, brigada.
- Só uma água, moça. Tá geladinha! Pra me ajudar. 
- Tá certo, me dê uma água, então.
- Na hora! 

da vez em que entrevistei pessoas pela primeira vez

Foi pra um trabalho da faculdade que me vi totalmente fora do meu contexto. Com medo, voz baixa e de confiança escondida em algum lugar do bolso da calça. Entrevistei pessoas pela primeira vez. 

é março, novamente, mas chovem borboletas mortas lá fora


Abro a porta e o sol é o mesmo. Caminho no asfalto e a calçada é a mesma. As árvores são as mesmas. O lixo jogado no chão é o mesmo. Os carros poluindo a minha visão são os mesmos. A chuva que molha meu rosto é a mesma. E a Oração de Ave-Maria que toca religiosamente às seis da tarde no aparelho de rádio do meu pai, é a mesma.

as minhas luzes no fim do túnel da quarentena

são sete e meia. acordo de súbito, mas com preguiça ou não, levanto. arrumo a cama. vou pra cozinha. dou play e deixo o In Rainbows tocando no celular enquanto lavo a louça, varro a casa, pego as roupas secas do varal, dobro e guardo tudo. finalmente tomo meu banho e já são quase nove quando faço um café gostosinho pra passar mais um dia em casa. ligo o computador, abro os portais de notícias e sou instantaneamente bombardeada com quarentena, covid-19, pandemia, corona vírus, auxílio emergencial, genocidas, oms, desemprego, fome, cloroquina, cura e....ufa, quanto fôlego.

lá e de volta outra vez

cá estou eu novamente e mais uma vez. mas ué, como assim novamente? sim, esse é o primeiro texto. quer dizer, provavelmente você que chegou aqui não me conhece. isso não significa que eu já não esteja nessa pindaíba a um tempinho. instagram, wordpress, tumblr, spirit e no mais, sem pressa, agora estou aqui. certo. tudo explicado. agora faço jus ao título deste texto, o qual humildemente pego emprestado do querido Tolkien.